Lucas Félix é natural de Taubaté, no interior do estado de São Paulo, local onde iniciou sua formação musical, na escola de música “Maestro Fêgo Camargo”. Sua conexão com o violão começou aos 13 anos de idade e desde então, dedica-se de forma intensa ao instrumento, desenvolvendo sua carreira de violonista, arranjador e professor.

A expressividade e musicalidade de suas interpretações é característica marcante em seus trabalhos e seu repertório transita entre o clássico e o popular. “Meditación”, “Correnteza” e “Um abraço no Bonfá” compõe sua discografia.

O álbum de estreia, “Meditación”, lançado em 2015, trata-se de um registro histórico das obras do compositor espanhol Carlos Garcia Tolsa, importante compositor, violonista e arranjador espanhol, discípulo do violonista e compositor Julian Arcas. Tolsa foi diretor da lendária Estudiantina Espanhola Fígaro, com a qual excursionou por diversas cidades ao redor do mundo. Em 1885, a Estudiantina chega ao Brasil, onde essa passagem teve grande importância na produção musical para violão realizada no país na época, com o contato entre Tolsa e os pioneiros do violão brasileiro. Lucas tornou-se o primeiro brasileiro a realizar a gravação das obras de Tolsa.

Em “Correnteza”, lançado em 2021, são apresentados diversos períodos da música brasileira, reunindo obras de compositores como Villa-Lobos, Garoto, Luiz Bonfá, Tom Jobim, Baden Powell e Vinicius de Moraes, além de compositores atuais como Vicente Paschoal, Jorge Mello, Raphaell Mota e Alberto Mejía. O trabalho marca também a estreia de Lucas como arranjador, sendo de sua autoria os arranjos das obras “Prelúdio”, das “Bachianas Brasileiras nº4” de Villa-Lobos e de “Berimbau”, composição de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

Já o álbum “Um abraço no Bonfá”, seu álbum mais recente, é um trabalho em homenagem ao compositor e violonista Luiz Bonfá que reúne seus clássicos como “Manhã de Carnaval” e “Samba de Orfeu” em arranjos inéditos, além de “Um Abraço no Bonfá”, composição de João Gilberto. Entre o variado repertório, o álbum ainda apresenta a importante e histórica música “Deve Haver Alguém”, inédita e recém descoberta, recebendo sua primeira gravação e que revela uma parceria de Bonfá com Vinícius de Moraes. Abrangendo diversas fases do compositor, o álbum é um convite para se aprofundar no universo musical de Luiz Bonfá.

Como professor de música, Lucas trabalhou no "Projeto Guri", com ensino coletivo de violão. Em 2023, foi finalista da 7ª edição do Prêmio Profissionais da Música, nas categorias de Instrumentista Erudito e Produtor Musical. Atualmente, segue com concertos ao redor do Brasil e mantém produções de conteúdos voltados para música brasileira em suas redes sociais.